O meu testamento
Tive fundos, mundos e universos
Socorri milionários, prostitutas e corruptos,
Hoje a idade denuncia-me e a minha família antecipa
As cinzas da minha geração…
Lutei, chego ao fim da guerra!
Continueis porque restam batalhas
Escrevo este testamento, na incerteza de não a terminar
Pelo número de famílias que agora é infinito
Até sinto a felicidade no corredor da morte a irritar-me
Deixo o meu feitiço aos meus amigos, a frota de mulheres aos
Meus tios, a minha aldeia aos meus vizinhos, o parque ao
Governo, e os restaurantes ao veneno do público
Os meus gostos apurados pelas melhores coisas da vida… e um
Interesse permanente pelos valores morais mais altos aos
Esquizofrénicos na «praça» da independência
Proíbo a minha esposa de outras vontades, e oprimo as
Minhas filhas a casarem-se com vagabundos de Tókio
As contas da Rússia devolvam aos asmáticos da rua 11
Os meus filhos que se abre a aberração
Deixem o meu cargo livre, tenho a certeza de poder regressar!
Na terra onde os mortos acordam e os vivos correm!!!
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