O Diálogo
Descalço as minhas palavras nestas aranhas
Jogo fora a minha língua nesta subúrbio e o meu coração
Nesta rústica cidade,
Deixo de blasfemar e de sentir a adrenalina após o fedor
Do veneno que vem do pátio; o fogo ansioso em atropelar
A minha triste tradição…
Esqueço os minutos que me vendi pelos prazeres da velocidade,
Para recordar que ainda sinto saudades de voltar ao céu,
Encontrar o meu esqueleto no purgatório, e a minha sombra
Entre os artigos da compaixão, testemunhando o desprezo
Invencível dos meus detractores;
Descalço as minhas fétidas palavras neste lugar do meu
Deprimido ser, o estado lento desta harmonia deturpada e
Instável; onde os crimes incitam a criação dos deuses da
Tribuna e demónios jurídicos que não permitem levantar a
Minha infelicidade para mostrar o caminho da insólita
Depressão eterna!!!
Absolutisam as luzes; oferecendo aos fiéis os farrapos
E outras substancias nas taças desta conversa…
Este é o diálogo suspenso da minha persistência,
A desumanidade tranquila desta existência!...
Esta é a paragem obrigatória dos filhos das circunstancias,
Onde chegam e são atravessados, onde decidem e são
Interpelados;
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