quarta-feira, 7 de junho de 2017

A Queda do Império (I)









Sinto cheiro de morte, 
de uma nação envenenada, antes 
desmaiada pela ansiedade, que 
enfartou a miséria!

Sinto cheiro de melodias lúgrubes
arrastadas pela vingança do 
nepotismo; 
cagada pelo ódio da vossa malversencia!
de promessas farruscas, 
de emponderar os podres aos pobres, 
de melhorar a dor 
e piorar a sorte!
de servir amuletos na ceia 
de ossos ocos!
de criar pirilampos em noites de 
chuvas e demolições!

Sinto cheiro de morte
da origem dessa utopia, 
da caverna dessa agonia!