Sinto cheiro de morte,
de uma nação envenenada, antes
desmaiada pela ansiedade, que
enfartou a miséria!
Sinto cheiro de melodias lúgrubes
arrastadas pela vingança do
nepotismo;
cagada pelo ódio da vossa malversencia!
de promessas farruscas,
de emponderar os podres aos pobres,
de melhorar a dor
e piorar a sorte!
de servir amuletos na ceia
de ossos ocos!
de criar pirilampos em noites de
chuvas e demolições!
Sinto cheiro de morte
da origem dessa utopia,
da caverna dessa agonia!