Pela onda de assaltos à luz do dia, a intromissão
em residências alheias, violações sexuais a estudantes nocturnos, o roubo de
viaturas, situação associada à falta de energia eléctrica, moradores do bairro
Benfica e Chinguari, no município de Belas, clamam por uma esquadra móvel.
De acordo com moradores, a onda de assaltos
multiplicou-se pela falta de energia eléctrica em quase todo o município, e com
maior incidência nos bairros Benfica e Chinguari, cuja segurança põe os
moradores a viverem sob tensão, face à presença dos meliantes diariamente.
Nos três últimos meses, mais de dez
residências, uma igreja, cinco lojas e duas viaturas, foram assaltadas à luz do
dia. Os moradores consideram tal situação crítica, dada à forma como os meliantes
pilham os bens de cidadãos indefesos.
A Igreja IECA, situada no Chinguari, foi
assaltada há meses, tendo sido levados mais de 40 mil Kwanzas, guitarras e outros
materiais de som.
Nas residências, os meliantes retiraram botijas
de gás butano e máquinas eléctricas, enquanto no período nocturno se dedicam à
violação de estudantes do PUNIV, na Samba.
Estudantes escusam-se ir à escola no
período nocturno pela falta de iluminação pública e a presença de cidadãos
estranhos ao longo da via pública.
Por essa razão, elas sujeitam-se a perder
aulas e, consequentemente, a retraírem o bom desempeno académico nos exames do primeiro
trimestre.
Lola Garcia, de 18 anos, fez saber ao
Factual ter visto a sua colega de sala a ser violada por um grupo de três
jovens por volta das 20horas, quando regressava das aulas, na semana finda.
“Nenhum colega evitou o pior, pois, ninguém
queria colocar a sua vida em risco, uma vez que estavam munidos de armas de
fogo”, justificou.
De acordo com moradores, a situação é
conhecida pela Esquadra do
Benfica e da Camuxiba, na Samba.
Vários apelos foram lançados mas, em contrapartida,
a situação permanece crítica aos olhos dos indefesos cidadãos, sujeitos à
opressão de cidadãos oportunistas em tempo de paz.
Depois da redefinição do ordenamento do
território da província de Luanda, agora com sete municípios, cidadãos pedem
maior vigilância da Polícia Nacional, a fim de contrapor as acções de vandalismo
e oportunistas cidadãos.
Segundo moradores, as lojas de cidadãos estrangeiros
têm sido assaltadas com frequência e, por estas razões, os responsáveis estão
sujeitos a atender os seus clientes em privado, situação que retrai a
concorrência mercantil.