quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Kinaxixi - Arnaldo Santos na leitura de Bussulo Dolivro

O passado conhecido, nunca morre. Kinaxixi. É uma teia de fotografias vivas, articuladas num cenário narrativo em que se confunde a prosa da poesia. É nela onde ressurgem factos da herança colonial; como a arquitectura da baixa de luanda, o preconceito entre as forças do preto e o brilho do mulato; as ideias da unicidade familiar mais educada em relação aos pardos da terra, da violência fria urbana por falta de emprego e segurança social – porque ele/ela é preta (o).
Todo este álbum descrito a preto e branco na Luanda colonial, ocorria numa calma aparente, e hoje aparentemente persistem, nós revivemos com pequenas silhuetas da coisificação, do que nada nos pertence, e da mania ostentosa daquilo, que nunca foi nosso.
Na obra Kinaxixi a felicidade urbana pertence às crianças, perante uma juventude adulto, que se transforma em verdadeiros Griotes.

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