O passado conhecido, nunca
morre. Kinaxixi. É uma teia de fotografias vivas, articuladas num cenário
narrativo em que se confunde a prosa da poesia. É nela onde ressurgem factos da
herança colonial; como a arquitectura da baixa de luanda, o preconceito entre
as forças do preto e o brilho do mulato; as ideias da unicidade familiar mais
educada em relação aos pardos da terra, da violência fria urbana por falta de
emprego e segurança social – porque ele/ela é preta (o).
Todo este álbum descrito a
preto e branco na Luanda colonial, ocorria numa calma aparente, e hoje
aparentemente persistem, nós revivemos com pequenas silhuetas da coisificação,
do que nada nos pertence, e da mania ostentosa daquilo, que nunca foi nosso.
Na obra Kinaxixi a felicidade
urbana pertence às crianças, perante uma juventude adulto, que se transforma em
verdadeiros Griotes.
BDolivro