quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Conversas Na Mesa E Palavras Entre Os Lençóis - 5º ACTO






No dia seguinte!
Uma chuva miúda saudava cidade, envolta a vergonha do sol, para o espanto de quem nasceu nos tempos das redes sociais, porém o cenário natural não deixava hibernada as asas de pássaros, que das chaminés dos edifícios mais folgados e caducos da Banda abençoavam a continuidade de suas raças.
A poeira amiúde das ruas da periferia obedecia a força das águas de São Pedro, as crianças já não se orgulham dos pingos dos céus, pois encerram suas emoções nos quatro cantos da casa para ver aqueles canais televisivos, que os muda e os transforma em gente. Hoje ninguém vai à escola, essa realidade não é de todos, pois quem não tem permanece nas ruas a contar as viaturas, que passam, se não teve cédula para estudar numa escola pública.  
Furtam-se deste privilégio os filhos do falecido Adão e de Mariana, o primeiro viu o enterro forçado de seu pai, na sala onde gostava de ouvir as histórias de taxistas do seu progenitor, e o segundo, filho de Mariana, ganhará o desamparo da vida, pois a sua cuidadora, irmã de Mariana, que por sinal era também sua mãe, foi assassinada pelo cúmulo de sua necrofilia. Antigamente, um barco sem Caralho, não navegava em águas profundas, hoje a ausência dos pais, é a deriva dos filhos. A TV não substitui quem os nasceu.
Os corpos baleados estavam expostos na esquadra da Elite, trinta e cinco balas foram descarregadas em cinco segundos, — pensa-se ser resultado de uma arma automática e muito moderna.
— É um dissidente da polícia nacional, esteve preso depois de ser capturado e interrogado, esteve foragido da prisão com mais sete indivíduos, que haviam assaltado o Banco Nacional, e parece que foi enviado para reaver o que lhes pertencia, vaticinou um dos peritos, que se encontrava no local do crime.
— Não creio, a não ser que tenha sido ordenado a troco de um vício para matar e levar a térmica consigo.
— O que havia na térmica meu senhor? — Perguntou um perito policial ao último sobrevivente.
— Não… sei, Não sei, gaguejou, ferido.
— Está bem, recolhem as capsulas e outros dados necessários.
Os ataques às esquadras da cidade é uma resposta dura às acções da polícia, principalmente, quando os algozes são atingidos no âmago de suas aventuras, a ideia era interpretada como se fosse uma tentativa de afrontamento directo, porém não se sabe ao certo as razões que levaram ao assassinato de agentes policiais, quando não havia dados criminais, que provocassem essa extremidade.
— É a terceira vez, que meliantes e dissidentes da polícia ferem e matam agentes policiais em sua própria esquadra, a cidade está insegura.
Os moradores da cidade nunca se sentiram seguros, desde a descoberta da máfia, que levou a esperança dos pobres da periferia. — Mariana era solta horas depois de apreendida no aeroporto 4 de Abril, aparentemente abatida, abandonou a sala onde era mantida para breves esclarecimentos.  
— Olá chefe, não deu para embarcar à cidade mitológica chinesa.
— Eu vi a sua borrada na televisão, não haverá dúvidas de que eles voltem a te pegar, procure um lugar secreto para sua sobrevivência!
— Como assim, sobrevivência?
— Somos parceiros na cama e nos negócios, qualquer coisa, que envolva a sobrevivência de um ou de outro devemos não se esqueça do código da máfia italiana — a denúncia é a morte e a perseguição de toda família do oponente, avisou Muetunda, que se encontrava aos banhos de massagens tradicionais sul coreanas na península do Mussulo.
— Não foi por essa razão com que me entreguei, em seus braços Muetunda!
As lágrimas obedeciam o relevo do rosto abaixo de Mariana, já se passaram sete anos desde que conheceu pela primeira vez, o homem de sua vida, hoje defunto, Adão. A imagem de uma menina desolada e enferma de sarna no Lobito assaltou-lha consciência.  
— Não vá para sua casa, procure um lugar seguro, está bem? Avisou Muetunda, — está certo, respondeu ela aos soluços.
O lenço do rosto estava completamente húmido, olhos vermelhos e lábios secos, sentia ela vontade de tocar em algo refrescante, como as mãos suadas de dinheiro de seu chefa!. — Não me abandone, sinto-me em agonia, revelou ela ao telefone.
— Sinto isso, que a necessidade de te manter viva é a vontade engenhosa triunfal do nosso negócio, vou jogar sujo para o meu partido, e preparar-me para que a morte não me supere, ironizou. 
— Então, fique também ao meu lado como sempre pensou, e vamos assumir juntos essas fatalidades.
— É uma suposição, eu tenho família, e durante anos vivi distante deles, por sua causa, eu disse e repito, procure um lugar seguro, antes que nos encontrem, cedo e sem terminarmos o plano.
— Está bem, sabes do paradeiro da térmica com os órgãos?
— Não se preocupe, mandamos um falso alarme para o aeroporto, dentro de minutos teremos o controlo da segurança.
— A polícia está atrás de mim, há cinco minutos, já tentei os despistar, e nada.
— Fique sossegada, depois daquele vídeo, acho que a desconfiança será maior, e todo cuidado é pouco, antes que te apanhem, e te joguem no vale da agonia.
A conversa não terminara, uma interferência foi sentida por Muetunda, quando nos céus daquela península ressurgiram estranhos helicópteros, tão tenebroso, que supera a miragem dos Transformers — A extinção, daquele filme de Michael Bay, protagonizado por Mark Wahberg. Homens mascarados desciam, em direcção ao pátio de uma residência, onde ele apanhava o sol envergonhado.
— Aló, Aló Chefe! Aló.
Muetunda, esquivou-se das massagens para contemplar os homens armados em parada, era um sinal de obediência, não falam nada, o homem levantou, e fez o gesto, indicando que levassem para dentro, uma mala preta com 30 kg de peso.
Mariana hesitou em chegar à casa, quando viu um grupo de homens armados, e carros perfilados, — eram agentes dos Serviços de Investigação Secreta, SIS. Corpos de bombeiros lá estavam, a remover dois corpos enterrados, na sala daquela casa, a de Mariana. — Novamente em minha casa, resmungou, esfregando o rosto para o leste do descontentamento.
Dentro da residência, as máscaras falam por si, o cheiro nauseabundo implicava na exumação dos corpos.
— Estão em decomposição, o que fazemos?
— Comece e termine as investigações no local, antes que destruam o cenário do crime.
— Está bem Comandante!
As ordens estavam dadas, o bairro apinhado de gente, os cochichos tinham palavras, nos ouvidos de quem tentasse saber do sucedido. Miúdos sorrateiros, pálidos de fome e sujos de cuidados domésticos jogavam os olhos na ansia de preencher o tempo.
O bairro chorava de raiva, as pessoas perguntavam, como foi possível isso acontecer. A TV voltava a passar as imagens em Directo, sobre o último vídeo, que exibira no dia anterior, e as rádios já noticiavam, todo mundo estava no pé dos acontecimentos, Mariana estava foragida.
— Dois corpos, senhores, uma jovem e um jovem, aparentemente de 23 e 35 anos de idade.
Quatro homens ligados ao corpo de bombeiros puxavam o saco, em que ambos foram colocados de cócoras.
— Homicídio voluntário, aparentemente, martelados, esfaqueados e asfixiados, acto perpetrado por duas ou mais pessoas. — Na verdade, mariana fê-lo sozinha.
Os corpos possuem os ossos quebrados, não têm olhos, língua, coração, rins, fígados e o homem lhe foi retirado os testículos. Além de outros órgãos em falta.
— Ok! Aparentemente! (…) Prossigam com a análise do material envolta da casa, precisamos nas próximas 24horas dar o resultado de toda essa brincadeira, ouviram? — Sim chefe, sim, camarada chefe, — respondeu obcecado.
A casa de Mariana era revirada, e todos dados recolhidos, até as silhuetas, que se encontravam nas paredes, não escaparam a uma raspadura para análises. A imprudência da mulher levou-lha ao cúmulo da ganância. A polícia ouviu alguns vizinhos, que não pouparam críticas à jovem, que se apresenta como milionária escondida no bairro.
— O celular da dona da residência não chama, parece estar fora de serviço, deu a conhecer um homem do SIS.
— Encontrem o GPS do celular, e a quem fez a última ligação.
No aeroporto 4 de Abril um homem encapuçado passava o sinto de segurança policial, dirigindo-se para o voo 754 programado para o maior aeroporto do mundo, China. O homem carrega em suas, uma térmica, e ninguém sabia como ele conseguiu passar o sistema forte, montado pelos melhores peritos em segurança internacional da cidade.
— Bom dia Sr. Muetunda! Já embarquei.
— Parabéns, a sua família está a salvo, que Deus te paga o dobro.
O homem encapuçado levantou-se do seu banco da área comercial do avião, ajoelhou-se, e disse palavras estranhas em alta voz, e depois (…) se fez explodir…O Boeing estava a sete milhas de distância do aeroporto 4 de Abril, das chamas, nos céus de Luanda, o avião da marca congolesa se desfez no chão com 235 passageiros, algures em Ramiros, sul da cidade.
Trinta minutos depois Mariana estava na península do Mussulo ao lado de Muetunda, que dispensara as mãos da sul coreana em seu corpo.
— Nada de choros, aguente forte, que amanhã o dia será glorioso, persuadiu ele.
— Como glorioso, se me queres fora do jogo?
— Só quero o seu melhor, a sua vida pela frente e o que mais gostas de fazer, viver a liberdade.
Muetunda, tocou-lhe os cabelos, aproximou-se, aproximou-se mais, e falou-lhe coisas aos ouvidos, mariana fechou os olhos, — Estamos na varanda, suas empregadas estão a observar tudo, avisou ela.
— Cale-se.
Muetunda afastou o preto recheado de energias, e apertou forte o peito de Mariana, que gemeu, não se sabia, se era de dor ou o orgasmo prematuro. — Estou molhada.       






Conversas Na Mesa E Palavras Entre Os Lençóis, - 4º ACTO



O frio trazia o orvalho ao longo da Via Expressa, sobre o asfalto o cuidado era necessário para quem se sujeitasse a sua insegurança. Viaturas com os vidros embaciados ofuscavam os reflexos dos motoristas, obrigados a abrandar em espaços baldios, cujo carvão se desfazia da engenharia chinesa.
Muetuda, ainda estava no hotel, animado pelo perfume deixado entre os lençóis, de olhos mirados na TV, que denunciava o roubo de um boeing 777 no aeroporto internacional 4 de Abril. — É ao segundo roubo, m**da, revelou insatisfeito o empresário, quando sentiu o toque do alarme da porta.
— Senhor!... Há polícias lá fora, envolta da sua viatura, avisou uma das jovens, encarregue pelo ambiente dos quartos.
— Está bem, obrigado.
O empresário adivinhou ser necessário sair pelas portas do fundo, mas nunca pensou ser arriscado abandonar a viatura, sem ao menos retirado a térmica onde continham os órgãos humanos, extraídos do corpo do esposo de sua amante e serva laboral, Mariana. A térmica já estava nas mãos de seus detratores, a polícia.
— Comandante! Encontramos a viatura do camarada Muetunda.
— Revistem toda viatura deste saca**a, e tragam todos os arquivos encontrados.
— Há uma térmica, onde contem órgãos, provavelmente de seres humanos, o que fazemos Comandante?
— Tragam como está, e sinalizem a viatura, mas antes bloqueiem-na.
— Está bem, assim o faremos.
Um grupo de bombeiros já se encontrava no local, e junto da polícia organizavam os procedimentos técnicos para recolha de dados, e outras perícias criminais, ademais.
O hotel registou um momento de agitação e caos, houve quem decidisse abandonar o seu apartamento com o medo de pagar a culpa dos prevaricadores, tal como fizeram os 51 turistas estrangeiros, provenientes de Dubai e Moscovo, não hesitaram e regressaram em suas terras de voo, abandonando Comboio Turístico que os trouxera. Muentuda, longe, aparentemente da cabala, a que foi envolvido por um grupo de jornalistas e amigos do seu partido se sentia ignoto, porém um sentimento negativo o exigia pensar em Mariana. Ele farejava o apertar do cerco.
— Apresente-se na Esquadra da Elite para prestar esclarecimentos sobre a térmica encontrada em sua viatura, lia Muetunda na tela do seu smartphone uma sms anónima, —  “É urgente”.
Ele decidiu desviar a marcha para responder a emergência, no local estavam três dos seus amigos do partido, o enviado do Comandante e dois desconhecidos.
— Onde o senhor esteve durante o meio-dia de hoje?
— Trabalhando fora dos meus escritórios (…)  
— Então, agora o senhor integra uma rede de tráfico de seres humanos?
— Desculpem, não sei do que falam? — Ignorou Muetunda, tentando criar um efeito ilusório ao pensamento de seus oponentes.
— Então diga-nos, de quem é a propriedade destes artigos, — Uma térmica era exibida na mesa, tratava-se da mesma a que continham os órgãos humanos.
— Não sei, respondeu ele sem pestanejar.
— O senhor esteva no Hotel Vitória?
— Sim, e porquê?
— Encontramos na sua viatura, que estava estacionada no parque do mesmo Hotel. — Muetunda abriu os braços, como se as informações, que pesavam sobre si fossem supérfluas, do que a realidade a que estava diante de seus traços digitais.
— Isso é irrelevante, qualquer pessoa poderia ter colocado esta térmica na minha viatura, replico, ganhando oxigénio para voar do cenário.
— Está bem, o senhor está livre de momento, voltaremos a comunicar-lhe, quando houver necessidade.
— Está bem, e espero que não atrapalhem o meu processo laboral, disse, abandonando a Esquadra da Elite, fechou com muita força a porta, deixando o pó da porta espraiar na atmosfera.
— Meus senhores investiguem a origem desta térmica a partir de sua marca, quando e onde e quem a comprou, e ai saberemos a verdade, precisamos acabar com esta rede de tráfico de serres humanos, e dar um fim a impunidade nesta cidade.
Mariana, em casa sentia as traqueias de seu coração fora do lugar, o medo, a ansiedade davam lugar a raiva, subiam-na vozes sobre a sua cabeça, e sentia ver sombras de almas perdidas. A imprudência de sua ganância jogava na atmosfera toda pressa, que poderia negar, antes de assassinar o marido, a irmã e se ver em jogo de esquemas perigosos com o seu amante, e chefe da empresa, Muetunda.
— Meus Deus, o que fiz? — Perguntava ela a si mesma, esperando respostas dos deuses, que tardavam chegar.
— Mariana, alguém veio a procura do senhor Adão, gritou uma das vizinhas, bastante amiga de si.
— Ela acorreu ao portão para saber de quem se tratava,
— Eram colegas da frota, e um dos irmãos de Adão, — Caso voltarem diga que ele saiu, e não se sabe quando volta. — Está bem, respondeu a confidente.
Mariana tremia nos dedos, acorreu para o seu quarto, trocou de roupa, e organizou outras numa mala, pegou no seu passaporte e abandonou a casa, sem ao menos trancar as portas, o portão e acionar o alarme, como era de costume. — Dirigiu-se para o aeroporto 4 de Abril, num táxi azul e branco.
Horas depois a polícia estava no mercado Kero, onde a térmica contida órgãos de seres humanos fora comprado nos últimos dois dias, nas imagens estava uma mulher, de 1 metro de 65 de altura, pelas imagens assemelhava-se a Mariana, o produto adquirido no valor de 7 mil kwanzas, na tarde de quinta-feira, balcão 12.
— Alguém sabe o código do cartão que ela usou?
— Somente a gerência pode fornecer os dados.
Tratava-se do cartão de Muetunda.
— E quem é a mulher?
— Provavelmente uma empregada.
— Não, acho que ela é parente de Mariana, a secretária de Muetunda.
— Sério? — Sim, só pode, pela aparência, ninguém duvidaria.  
— Vão atrás do homem, e se possível tragam-na até a esquadra da Elite.
— Está bem senhor.
 As câmaras do Kero facilitavam as diligências policiais.
Por volta das 18horas a polícia cercava a residência de Mariana, enquanto, outros, a dentro reviravam tudo, procurando provas associadas.
— Senhor! Encontramos as fotografias da senhora que fez a compra da térmica, e inclusive os recibos.
— Muito bem, tragam tudo, e quem encontrarem por lá, e depois seguem para o aeroporto, para saberem mais sobre o voo N844AA AFA, roubado.
A casa desfeita (…) roupa, louça e outros meios dispersos ao acaso imobiliários não chamou ao espírito investigativo outras razões ocultas naquela casa, a polícia abandonou a mesma, sem questionar o sangue encontrado em alguns pertences, e a quantidade de terra no centro dela, mas levou consigo um garfo ensanguentado.
Já no aeroporto, as câmaras impediam que Mariana seguisse para China.
— Desculpe! A senhora não deve abandonar o país, avisou uma funcionária, gorda e de um ar mau humorada, que ligou de imediato à polícia.
— Quais as razões? Perguntou ela.
— A senhora a olhou de cima abaixo, e cuspiu de lado, antes de dizer — Há uma investigação em que a senhora deve responder. — Mariana suspirou, cansada, decidiu sentar ao invés de berrar contra o pessoal aeroportuário, como normalmente faz.
A polícia chegava, e pediu que ela seguisse. Mariana olhou em sua volta como se perdesse a inercia de seu estado emocional, e curvou-se às ordens das fardas azuis. Ainda no aeroporto, começavam as interrogações.
— A Senhora conhece esta fotografia? — Era exibida a imagem de sua irmã, numa foto tirada na China em 2009.
— Sim, é minha irmã!
— Sabes o que ela fez durante as últimas 24h, e onde se encontra neste momento?
— Não, não sei.
— Tens a certeza? — Sim, Confirmas que não a viu e nem sabe o que ela fez? — Mariana decidiu responder com um silêncio.
— A senhora pode dificultar a situação a que se meteu, caso não colaborar connosco, persuadiu um dos agentes.
— Não sei do que se trata!
— Foi encontrado em sua casa, artigos ensanguentados, e a sua irmã comprou esta térmica, que está nesta foto, e nela contém órgãos de seres humanos, e a mesma estava na viatura de Muetunda. — Conheces Muetunda, minha senhora?
— Sim, conheço.
— Onde esteve ao meio dia de hoje?
— A trabalhar!
— Nos seus escritórios ou fora?
— Em minha casa.
Mariana estava a mentir. (…)
“A Polícia alertava a aguarda fronteira do país a não permitirem a saída de uma cidade, que se encontra nas imagens” — Um vídeo era exibido pela TV, mostrando uma mulher a enterrar dois corpos dentro de sua casa.
“A mulher em causa ainda não foi identificada, tal como os dois corpos, nem o autor das gravações, mas a polícia já domina o caso”. Encerrava o breakNews.
Mariana assistia o excerto na TV e percebeu que se tratava de sua casa. — Era ela nas imagens O vídeo flagrado pelo seu enteado, já estava circular pelo mundo, Mariana sentiu o coração a sair pela boca.
Ainda no mesmo instante davam a conhecer pela TV a o assassinato de quatro policiais por um desconhecido, que encontrou na Esquadra da Elite, e levou consigo uma térmica, não se sabe o que havia por dentro. “Há além destes 12 feridos graves”.
Muetunda estava na ilha do Mussulo, dentro de um dos seus barcos luxuosos organizando os pensamentos, enquanto, uma modelo sul coreana a massageava o seu corpo todo, e ao lado um prato recheado de energia para o seu estômago.     




Bussulo Dolivro, 29 de Julho, 2019 In, Conversas Na Mesa E Palavras Entre Os Lençóis,