sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

ABORTO TORNA-SE DIVERSTIMENTO ENTRE JOVENS NO HUAMNO


 
Cresce o número de abortos por média diária na cidade do Huambo cometido por jovens com idade entre os 15 aos 20 anos de idade por falta de aconselhamento médico, fuga a paternidade e promiscuidade.

 

Segundo o corpo médico dos centros hospitalares de Caala e Benfica no Huambo ouvido pelo Factual sobre o fenómeno a realidade sexual entre jovens é preocupante por falta de assimilação das orientações médicas feitas nas aldeias, vilas, bairros, igrejas, centros hospitalares e nas igrejas existentes no Huambo.

 

As unidades hospitalares possuem planos de orientações para a prevenção de doenças, como o cancro da mamã, as transmissíveis sexualmente, gravidez indesejadas, e outros cuidados necessários para a população, mas muitos jovens na cidade do Huambo e municípios com desenvolvimento social em curso é acabam por negligenciar as orientações.

 

“Muitas destas raparigas, que abortam sem cuidados médicos não possuem uma família estruturada, são órfãs de pais, estão abaixo do nível escolar elementar, vivem no seio de uma família desfavorecida e são influenciadas pela modernidade partilhada pelos jovens de Luanda e Benguela, sempre que chegam nesta cidade”.

 

A estudante de enfermagem Jovita Pinto considera a situação a normal e que podem influenciar negativamente no crescimento rentável da produção industrial da província, onde a juventude é chamada a colaborar, pois muitos são os que perderam seus pais durante a guerra fratricida, mas mantém-se firmes e próspero para uma vida saudável e não se prostituem até abortarem outros seres.

 

Jovita Pinto disse que esta realidade tende a aumentar a cada ano que passa, pois é na periferia onde os casos mais complexos acontecem, fora do conhecimento das autoridades sanitárias e dos encarregados de educação. “Seria utilitária se a igreja abrisse verdadeiramente a sua função social de ajudar na sensibilização das doenças e males que enfermam a juventude”.

 

Emiliana Simão de 19 anos de idade é órfã de pais e confessa ter abortado três vezes durante o ano de 2012, alegando falta de condições financeira para assumir o bebé, que a mesma desconhecia o pai dada a promiscuidade, que levou durante a fase do seu relacionamento.

 

“Não estudo por falta de documentos pessoais, cheguei de Luanda para este fim, mas os meus tios de nada fazem para enquadrar-me no ensino”.

 

Segundo o psicólogo Damião Felisberto as razões que levam jovens a procederem-se por meios destas práticas não são impossíveis de contorno, urge as instituições sociais, a escola e a igreja incluindo os hospitais saírem de suas unidades de atendimento e estarem mais próxima das pessoas, que por falta de recursos financeiros e possibilidades de transporte não chegam ao socorro destas.  

 

 

 

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