CAROS CAMARADAS
Acabámos de ouvir as principais orientações estratégicas que determinarão a nossa actividade nos próximos cinco anos. O que foi dito resulta de um trabalho que temos vindo a realizar de forma consistente com vista a identificar e a satisfazer os anseios e aspirações mais profundas do povo angolano.
Como todos estamos recordados, com vista a organizar e a sistematizar o debate político em torno das questões essenciais que deveriam conformar um projecto comum de desenvolvimento dos angolanos, o MPLA apresentou em Fevereiro de 2005 aos cidadãos, às instituições e à sociedade em geral uma proposta para uma Agenda Nacional de Consenso.
Com esta iniciativa, o nosso Partido estava convicto e ciente de que o país, a nossa Pátria, constitui um património comum e que, por essa razão, todos deviam dar o seu contributo para continuarmos a mudar o presente e a construir um futuro melhor para o povo angolano.
Em Abril de 2007, realizou-se o Encontro Nacional sobre Agenda Nacional de Consenso, com a participação de vários Partidos políticos, das igrejas, sindicatos, organizações sócio- profissionais e associações económicas, culturais e outras.
Deste Encontro Nacional emergiu uma grande concordância sobre a importância da existência de um consenso nacional quanto aos princípios e grandes objectivos que deveriam ser perseguidos no que diz respeito ao futuro de Angola.
Estes elementos consensuais foram depois acolhidos e condensados na Estratégia de Desenvolvimento de Angola até ao ano de 2025, o principal documento de planeamento estratégico que temos estado a seguir até hoje.
Todos os Planos de Desenvolvimento de Angola, incluindo o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 que está em execução, são baseados nesta estratégia de desenvolvimento.
Os grandes consensos nacionais podem ser resumidos nos dez desígnios nacionais que são tratados na presente Moção de Estratégia, nomeadamente:
I) Consolidar a Paz, reforçar a Democracia e preservar a Unidade e a Coesão Nacional;
II) Promover o desenvolvimento de uma Sociedade Civil participativa e responsável e assegurar a inclusão política de todos os cidadãos, sem discriminações;
III) Edificar um Estado Democrático e de Direito, forte, moderno, coordenador e regulador da vida económica e social;
IV) Promover o desenvolvimento sustentável, assegurando a inclusão económica e social, a estabilidade macroeconómica e a diversificação da economia nacional, reduzindo as desigualdades;
V) Estimular a transformação da economia, o desenvolvimento do sector privado e a competitividade;
VI) Promover o desenvolvimento humano e a qualidade de vida dos Angolanos com a erradicação da fome e da pobreza extrema;
VII) Incentivar a criação de emprego remunerador e produtivo, elevando a qualificação e a produtividade;
VIII) Garantir o desenvolvimento harmonioso do território, promovendo a descentralização e a municipalização;
IX) Garantir o fortalecimento e modernização do Sistema de Defesa e Segurança Nacional;
X) Promover o reforço do papel de Angola no contexto internacional e regional.
CAROS CAMARADAS
Temos de trabalhar de modo intenso e com criatividade para a satisfação destes desígnios, porque os mesmos representam as aspirações mais profundas do povo angolano. Devemos trabalhar para continuarmos a merecer a confiança do nosso povo.
A nossa atitude como dirigentes, quadros e militantes do MPLA tem que ser sempre no sentido de servir o povo.
A essência da força, da glória e das vitórias do MPLA reside na sua constante renovação, sempre no sentido de melhor interpretar as mais profundas aspirações do povo angolano.
Um dos nossos grandes problemas é o de que temos boas ideias, bons projectos, bons programas, mas quando entramos para a fase de implementação dos mesmos os resultados ficam muitas vezes longe do que se esperava.
Isto porque falta muitas vezes rigor e disciplina nas nossas atitudes e comportamentos. Se aumentarmos o rigor, a disciplina e a nossa eficácia poderemos fazer muito mais e em menos tempo.
CAROS CAMARADAS
Esta é a essência da nossa Moção de Estratégia para os próximos cinco anos, que será implementada sempre conscientes de que o MPLA é a força do nosso passado, do nosso presente e do nosso futuro. Com os vossos aplausos nós consideramos a Moção de Estratégia aprovada.
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