Acrescenta-se à estas
dificuldades, que motivam a greve, indeterminada o facto dos professores
universitários auferirem um salário inferior em relação aos professores licenciados
do ensino secundário, como frisou o secretário-geral do Sindicato
Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES), Carlinhos Zassala membro
do sindicato dos professores do ensino superior à margem da primeira reunião sindical.
Outras razões exigidas pelo Sindicato
Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES), através de um caderno
reivindicativo apresentado a mais de sete meses ao governo, exige ainda a
adesão de Angola à Convenção de Arusha, facto que permitiria o reconhecimento
pela UNESCO dos diplomas das universidades angolanas.
Faculdade de Direito em Angola |
Grevistas querem o reconhecimento do ensino superior em Angola
A Convenção de Arusha estipula
que apenas os diplomas de universidades de países que aderiram à ela deverão
ser reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura (UNESCO).
Aquele docente que falou em nome do sindicato de
professores, pensa também exigir a reposição imediata da
democracia, porque estão a constatar que com a ausência da democracia, os que
fazem parte da entidade gestora, decanos e outros estão a dificultar as
actividades daquele órgão, contrariando as orientações do seu responsável.
A greve, que abrange também os
trabalhadores não docente da universidade, surge também na sequência do impasse
verificado nas negociações entre o SINPES (Sindicato Nacional dos Professores
do Ensino Superior), e o governo devido ao facto de ter sido indicada para a
reunião uma delegação considerada de nível inferior pelos grevistas.
Apesar disso, o secretário-geral
dos SINPES, Carlinhos Zassala, disse que greve não será levantada até que as
outras exigências constantes do caderno reivindicativo tenham também um
respaldo positivo do patronato.
secretário-geral do Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES), Carlinhos Zassala |
Estudantes finalistas com monografias pendentes
Estudantes do Instituto
Superior de Ciências de Educação de Luanda, ouvidos pelo Factual disseram não
haver razões para a existência desta grave, uma vez ser motivada por razões que
os sindicalistas consideram prioritários para a qualidade do ensino superior em
Angola, como a adesão à convenção de Arusha e a requalificação da carreira
docente.
Manuel Augusto disse não se
tratar simplesmente de questões remuneratório, mas de bem-estar social, porque
quando o nosso ensino for reconhecido pela UNESCO estaremos a trocar
experiências sem limitações com outras universidades, e uma academia científica
pode ser criada com os mesmos docentes que possuímos e estamos a formar, sem
recorrermos a empréstimos de saberes.
Marlene da Costa estudante da
Faculdade de Direito considera falta de vontade política a não resolução das
exigências anotadas no caderno reivindicativo apresentados pelos professores, e
avança que tal situação poderá atrasar a defesa de teses para as faculdades,
que elaboraram trabalhos de género sem contar com as consequências que se
arrastará às outras instituições sociais, caso não for resolvida urgentemente.
Recordemos-lhes que a Universidade
Agostinho Neto (UAN) engloba as Faculdades de Ciências, Direito, Economia,
Engenharia, Letras e Ciências Sociais, Agronomia e o Instituto Superior de
Ciências de Educação (ISCED).
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