AQUI, AS MINHAS LÁGRIMAS ANOITECEM
(1980 EGIPTO)
Já não importam as chamas da liberdade
Assim como já não tenho pressa de ser enganado
E viver, porque, todos aplausos no néctar
Da emoção têm sentidos estranhos,
Ainda há água turva nestes cabides?
Os charlatães são lavados, neste jogo, apanhados e
Acorrentados sentados;
Já fui alvo nos debates e, nos aplausos da plateia,
Zungaram venenos para secar os meus lábios
Silenciaram a nudez nas rochas! Onde os passos
Anunciavam as eras, da asneiras da minha geração!
Cuidado com o que me fazeis!!!
Os passos marcados no chão não retrocedem em vão,
Ainda há um cantar no olhar deste soletrar;
Se perdem no tempo e chamuscam dizeres
Afastam-se de mim e abnegam os meus verdadeiros
Retratos, «aqui as minhas lágrimas anoitecem»
(…) Quem descreverá o meu sentido itinerário
A este presente, atrás dos créditos que não chegam?
Deste luto inebriante de promessas a passos divididos?...
Quem?
em homenagem a poetisa emilha
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