quarta-feira, 25 de agosto de 2010

AQUI, AS MINHAS LÁGRIMAS ANOITECEM

AQUI, AS MINHAS LÁGRIMAS ANOITECEM


(1980 EGIPTO)



Já não importam as chamas da liberdade
Assim como já não tenho pressa de ser enganado
E viver, porque, todos aplausos no néctar
Da emoção têm sentidos estranhos,
Ainda há água turva nestes cabides?

Os charlatães são lavados, neste jogo, apanhados e
Acorrentados sentados;



Já fui alvo nos debates e, nos aplausos da plateia,
Zungaram venenos para secar os meus lábios
Silenciaram a nudez nas rochas! Onde os passos
Anunciavam as eras, da asneiras da minha geração!

Cuidado com o que me fazeis!!!
Os passos marcados no chão não retrocedem em vão,
Ainda há um cantar no olhar deste soletrar;

Se perdem no tempo e chamuscam dizeres
Afastam-se de mim e abnegam os meus verdadeiros
Retratos, «aqui as minhas lágrimas anoitecem»

(…) Quem descreverá o meu sentido itinerário
A este presente, atrás dos créditos que não chegam?
Deste luto inebriante de promessas a passos divididos?...
Quem?

em homenagem a poetisa emilha

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