terça-feira, 13 de outubro de 2020

CRÓNIKA - Carlos Rosado e o fim das rosas na imprensa angolana

A rua Antônio Savimbi de Roberto é a que mais congrega os principais intelectuais da Cidade de Novais. É de lá onde o intrépido revolucionário e reformista de pena moderna afrikana de ideias de Nkwamen Krumah e Nito Alves recebe à nudez da rua todos seus tagarelas para contrária o indismentível ou desinformar a opinião pública — Kalupeteka é o seu nome. O incansável falador de TV, magro de 1,85cm de barbas e cabelos às imagens nostálgicas oitocentistas tem consigo um molho de chaves para coçar as barbas e matar os piolhos; nos bolços um cartão de militante com o № da rua dos miseráveis da Mutamba expõe como a fênix da eternidade.

É de costume Kalupeteka ter alucinações, durante as entrevistas perde o latim e zumbe os desastrosos culpados pelo seu afastamento do comitê dos diabos. "Estamos perante uma sucessão criminal gravosa da constituição de Angola, da Lei de Imprensa 1/17 de 23 de Janeiro e da ERCA 2/17 de 23 de Janeiro". Na tentativa de perceber do que ele espumava pela boca, eis que um copo plástico vinícola foi empurrado contra meu sistema kissanguista. 


— Toma e bebe! Nao se pode opinar nada sobre as malas desse país de forma séria, você precisa estar fora de si para ganhar a fé da mentira e a estupidez da política, disse ensurdina. Kalupeteka acrescentou que não percebe o simbolismo da catana na bandeira nacional. — revirei o olhar.

"É sim uma violação da CRA no seu artigo 40, nas alíneas 1 e 2.

O afastamento fabricado de Carlos Rosado e seus antecedentes do Ponto que ia Directo à Mutamba, anexo os artigos 42, 44 e 45 como os golpes de misericórdia à propriedade inteletual.

Kalupeteka empertigou diante ao meu Caça-Palavras, enquanto gorgolejava os 33 centilitros do álcool do Porto abatido pela equipa de Lito Vidigal. — Preciso respirar! Disse ele sufocado por uma máscara suja, com a qual passou no rosto para impedir o suor fazer molho entre as barbas. Esgarou.
— Posso sublinhar mais coisas Sr° fotógrafo!
— Sou Jornalista!
A agudez do cheiro trouxe à memória a privatização da gráfica DAMER.
— O que tem a ver?
— Os jornais Expansão, Novo Jornal, O Mercado e Vanguarda podem ser impressos nas Cônicas dos chineses. Vão desaparecer.

Bussulo Dolivro
[Era uma vez Angola]

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