Devia durar uma hora e meia, mas durou um pouco mais. O primeiro debate entre Hillary Clinton e Donald Trump na Universidade Hofstra, em Nova Iorque, começou com o candidato republicano ao ataque na primeira meia hora, mas a ex-primeira dama aproveitou os seus comentários mais pessoais - sobre o seu temperamento e "resistência" - para contra-atacar.
No final, a maioria dos analistas garantia que a candidata democrata às presidenciais de 8 de novembro nos EUA venceu. É o caso de Jon Raltson, do Politico, que escreveu no Twitter:
[twitter:780599025443700736]
Também Justin Wolfers, analista do New York Times, escreveu na mesma rede social:
[twitter:780599172781248512]
Ainda no Politico, Shane Goldmacher, escreveu que Trump "mordeu o isco" lançado por Hillary. Já o Wall Street Journal destacava no final do debate o facto de Trump ter estado "na defensiva" durante o frente-a-frente. O mesmo jornal sublinhava a calma que Hillary revelou em palco, bem como a sua "preparação".
Depois de uma primeira pergunta sobre emprego e outra sobre segurança e divisões raciais, o moderador Lester Holt questionou os candidatos sobre ciber-guerra. Hillary Clinton apressou-se a afirmar ter ficado "em choque" quando ouviu Donald Trump apelar à Rússia para piratear os americanos.
O candidato republicano sugeriu que hackers russos deviam encontrar e divulgar os emails que a ex-secretária de Estado não divulgou do tempo em que usou um servidor privado apesar de dirigir o Departamento de Estado. Trump defendeu-se recordando que recebeu o apoio de 200 almirantes e generais.
Apesar de questionado sobre terrorismo nacional, Trump volta aos ISIS (ou Estado Islâmico) para garantir que os EUA não deviam ter "ficado com o petróleo [do Iraque]. O ISIS não teria aparecido".
Quanto à guerra do Iraque, o milionário republicano insiste que não apoiou a intervenção americana em 2003. E quando até o moderador insiste que há provas de que o fez, ele não cede.
Garantindo ter o temperamento certo para ser presidente, Trump é gozado por Hillary, que aproveita ainda para sublinhar que "um homem que pode ser provocado por um tweet não pode ter o dedo em cima do botão" que decide o uso de armas nucleares.
E quando Trump garantiu que ela não tem a "resistência para ser presidente", Hillary Clinton sorriu e respondeu que quando o rival tiver viajado para centenas de países, negociado acordos de paz e libertações de reféns, então sim "poderá vir falar-me de resistência".
Trump respondeu: "Hillary tem experiência. Mas é má experiência".
Holt questionou Hillary Clinton e Donald Trump sobre as mortes de jovens negros por agentes da polícia brancos e sobre a divisão racial que se sente nos Estados Unidos.
A democrata Hillary sublinhou que muitas vezes a raça "é demasiado determinante". E garantiu que é preciso "restabelecer a confiança entre as comunidades e a polícia".
Para o republicano Trump, o problema na resposta de Hillary é que "não falou em lei e ordem. E nós precisamos de lei e ordem no nosso país". O milionário garantiu ainda que "os afro-americanos e os hispânicos vivem no inferno porque é muito perigoso. Se descer a rua, pode ser morto".
As respostas de Trump têm sido marcadas pelo facto de o candidato republicano estar a sorver, deixando a Internet a questionar se estará constipado.
Hillary lamentou que o adversário "pinte uma imagem tão negativa da comunidade negra no nosso país". Uma afirmação que fez Trump suspirar alto e fazer caretas. Mas a ex-primeira dama prosseguiu, criticando o Parar e Revistar. Uma política aplicada pelo mayor Rudy Giuliani em Nova Iorque em finais dos anos 90, que Trump garante ser responsável pelo recuo dos crimes da cidade e que quer ver aplicada a todo o país.
Após uma semana de protestos em Charlotte, na Carolina do Norte, na sequência da morte de um homem alegadamente desarmado por um polícia, Trump explicou que sabe como o país é perigoso porque "Estive por todo o lado. A senadora decidiu ficar em casa, ok!" Um ataque para o qual Hillary já tinha a resposta pronta: "Acho que Donald acabou de me criticar por me preparar para este debate. E sim, preparei. E sabem para o que mais me preparei? Para ser presidente. E isso é bom!"
Atacada pelo republicano Donald Trump tanto pela fuga das empresas dos Estados Unidos como pelos ataques do Estado Islâmico, Hillary Clinton lançou: "Sinto que no final desta noite serei culpada de tudo". Ao que o candidato republicano às presidenciais de 8 de novembro nos EUA respondeu: "Porque não?.
Questionado pelo moderador Lester Holt sobre quando vai revelar a sua declaração de impostos, Trump garantiu: "Divulgo os meus impostos quando ela divulgar os 33 mil emails", numa referência ao facto de a ex-secretária de Estado ter usado o seu email privado quando dirigia o Departamento de Estado (entre 2009 e 2013). E afirmou que "chegou a hora de este país ter alguém à frente que percebe de dinheiro".
Para Hillary, o adversário não revela a declaração de impostos porque não quer os americanos saibam que se calhar não é assim tão rico, ou assim tão caridoso. E rematou: "Ele está a esconder alguma coisa!"
Quanto ao uso do email privado, Hillary Clinton admitiu que foi "um erro". Um afirmação rebatida pelo adversário: "Não foi um erro. Foi de propósito".
O primeiro debate entre os candidatos à Casa Branca começou com uma pergunta sobre emprego. Ao que Trump respondeu:"Os nossos empregos estão a fugir do país". O candidato republicano teve de esperar que a adversária democrata falasse durante dois minutos, uma vez que a sorte ditou que fosse Hillary Clinton a começar.
Insistindo em chamar o rival pelo primeiro nome, Hillary recordou que Trump tem "muita sorte na vida" e recordou como o milionário começou no negócio do imobiliário com um empréstimo de um milhão do pai. Trump, de gravata azul, respondeu que recebeu uma "pequena quantia", antes de voltar a falar no México.
Enquanto Trump insiste que Hillary não fez nada para resolver o problema do emprego e "faz isto há 30 anos", a ex-secretária de Estado recordou que para o rival republicano, as alterações climáticas "são um embuste criado pelos chineses". "Não é verdade. Não disse isso", afirmou Trump, mas um tweet na sua conta confirma que disse.
A ex-primeira dama, de fato vermelho, exigiu igualdade de salários para homens e mulheres. Mas recordou também que a América assistiu a seis anos de crescimento do emprego.
A ex-primeira dama chegou à universidade Hofstra acompanhada pelo marido, o ex-presidente Bill Clinton. Este já se encontra sentado na primeira fila, depois de ter cumprimentado a mulher de Donald Trump, Melania, e os filhos do candidato republicano. Ao lado de Bill está a filha, Chelsea. No Twitter, o ex-presidente desejou que os espectadores fiquem a conhecer hoje a mulher que ele conhece há 40 anos.
[twitter:780568830317850624]
O debate vai ser dividido em três grandes temas: O rumo da Améica, alcançar a prosperidade e garantir a segurança da América. As regras definem que a assistência não pode aplaudir, vaiar ou fazer qualquer barulho.
Ainda antes do início do debate, Hillary usou o Twitter para se dirigir aos apoiantes, publicando um vídeo do jantar dos Correspondentes da Casa Branca de 2011 no qual o presidente Barack Obama goza com Trump. A ex-primeira dama passou a tarde num hotel e spa vizinho da universidade, onde esteve a preparar o debate com a sua equipa, incluindo Bill Clinton.
[twitter:780540877047341057]
À chegada à Universidade de Hosfra, em Hempstead, Nova Iorque, onde decorre o primeiro debate entre Donald Trump e Hillary Clinton, o candidato republicano levantou o polegar para os jornalistas. O milionário Trump chegou sem gravata, segundo um vídeo da AP.
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No estúdio da CNN, o candidato a vice republicano, Mike Pence, admitiu não saber o que esperar de Trump esta noite. "Quem sabe? Vamos ver para onde isto vai", afirmou o governador do Indiana.
As últimas sondagens nacionais revelam um quase empate entre os dois candidatos à sucessão de Barack Obama. O último estudo da CNN com a média das sondagens dá Hillary apenas dois pontos à frente de Trump, com 44% das intenções de voto, face a 42% para o rival republicano.
O frente a frente, para as televisões, terá início às 2:00 (hora de Lisboa) e uma duração de 90 minutos.
Prevê-se que a emissão televisiva tenha uma audiência de cerca de 100 milhões de pessoas. Em Portugal, pode ser vista na SIC Notícias. E acompanhada aqui, no site do DN.
Os debates presidenciais pela televisão têm uma enorme tradição nos Estados Unidos, desde o primeiro frente a frente entre John F. Kennedy e Richard Nixon, a 26 de setembro de 1960. Muitos analistas políticos apontam este como o momento em que JFK - mais jovem, mais à vontade e com um fato escuro que o destacava no preto e branco do pequeno ecrã - conquistou a corrida à Casa Branca.
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No final, a maioria dos analistas garantia que a candidata democrata às presidenciais de 8 de novembro nos EUA venceu. É o caso de Jon Raltson, do Politico, que escreveu no Twitter:
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Também Justin Wolfers, analista do New York Times, escreveu na mesma rede social:
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Ainda no Politico, Shane Goldmacher, escreveu que Trump "mordeu o isco" lançado por Hillary. Já o Wall Street Journal destacava no final do debate o facto de Trump ter estado "na defensiva" durante o frente-a-frente. O mesmo jornal sublinhava a calma que Hillary revelou em palco, bem como a sua "preparação".
Depois de uma primeira pergunta sobre emprego e outra sobre segurança e divisões raciais, o moderador Lester Holt questionou os candidatos sobre ciber-guerra. Hillary Clinton apressou-se a afirmar ter ficado "em choque" quando ouviu Donald Trump apelar à Rússia para piratear os americanos.
O candidato republicano sugeriu que hackers russos deviam encontrar e divulgar os emails que a ex-secretária de Estado não divulgou do tempo em que usou um servidor privado apesar de dirigir o Departamento de Estado. Trump defendeu-se recordando que recebeu o apoio de 200 almirantes e generais.
Apesar de questionado sobre terrorismo nacional, Trump volta aos ISIS (ou Estado Islâmico) para garantir que os EUA não deviam ter "ficado com o petróleo [do Iraque]. O ISIS não teria aparecido".
Quanto à guerra do Iraque, o milionário republicano insiste que não apoiou a intervenção americana em 2003. E quando até o moderador insiste que há provas de que o fez, ele não cede.
Garantindo ter o temperamento certo para ser presidente, Trump é gozado por Hillary, que aproveita ainda para sublinhar que "um homem que pode ser provocado por um tweet não pode ter o dedo em cima do botão" que decide o uso de armas nucleares.
E quando Trump garantiu que ela não tem a "resistência para ser presidente", Hillary Clinton sorriu e respondeu que quando o rival tiver viajado para centenas de países, negociado acordos de paz e libertações de reféns, então sim "poderá vir falar-me de resistência".
Trump respondeu: "Hillary tem experiência. Mas é má experiência".
Holt questionou Hillary Clinton e Donald Trump sobre as mortes de jovens negros por agentes da polícia brancos e sobre a divisão racial que se sente nos Estados Unidos.
A democrata Hillary sublinhou que muitas vezes a raça "é demasiado determinante". E garantiu que é preciso "restabelecer a confiança entre as comunidades e a polícia".
Para o republicano Trump, o problema na resposta de Hillary é que "não falou em lei e ordem. E nós precisamos de lei e ordem no nosso país". O milionário garantiu ainda que "os afro-americanos e os hispânicos vivem no inferno porque é muito perigoso. Se descer a rua, pode ser morto".
As respostas de Trump têm sido marcadas pelo facto de o candidato republicano estar a sorver, deixando a Internet a questionar se estará constipado.
Hillary lamentou que o adversário "pinte uma imagem tão negativa da comunidade negra no nosso país". Uma afirmação que fez Trump suspirar alto e fazer caretas. Mas a ex-primeira dama prosseguiu, criticando o Parar e Revistar. Uma política aplicada pelo mayor Rudy Giuliani em Nova Iorque em finais dos anos 90, que Trump garante ser responsável pelo recuo dos crimes da cidade e que quer ver aplicada a todo o país.
Após uma semana de protestos em Charlotte, na Carolina do Norte, na sequência da morte de um homem alegadamente desarmado por um polícia, Trump explicou que sabe como o país é perigoso porque "Estive por todo o lado. A senadora decidiu ficar em casa, ok!" Um ataque para o qual Hillary já tinha a resposta pronta: "Acho que Donald acabou de me criticar por me preparar para este debate. E sim, preparei. E sabem para o que mais me preparei? Para ser presidente. E isso é bom!"
Atacada pelo republicano Donald Trump tanto pela fuga das empresas dos Estados Unidos como pelos ataques do Estado Islâmico, Hillary Clinton lançou: "Sinto que no final desta noite serei culpada de tudo". Ao que o candidato republicano às presidenciais de 8 de novembro nos EUA respondeu: "Porque não?.
Questionado pelo moderador Lester Holt sobre quando vai revelar a sua declaração de impostos, Trump garantiu: "Divulgo os meus impostos quando ela divulgar os 33 mil emails", numa referência ao facto de a ex-secretária de Estado ter usado o seu email privado quando dirigia o Departamento de Estado (entre 2009 e 2013). E afirmou que "chegou a hora de este país ter alguém à frente que percebe de dinheiro".
Para Hillary, o adversário não revela a declaração de impostos porque não quer os americanos saibam que se calhar não é assim tão rico, ou assim tão caridoso. E rematou: "Ele está a esconder alguma coisa!"
Quanto ao uso do email privado, Hillary Clinton admitiu que foi "um erro". Um afirmação rebatida pelo adversário: "Não foi um erro. Foi de propósito".
O primeiro debate entre os candidatos à Casa Branca começou com uma pergunta sobre emprego. Ao que Trump respondeu:"Os nossos empregos estão a fugir do país". O candidato republicano teve de esperar que a adversária democrata falasse durante dois minutos, uma vez que a sorte ditou que fosse Hillary Clinton a começar.
© REUTERS/Adrees Latif Trump e Hillary em palco
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Insistindo em chamar o rival pelo primeiro nome, Hillary recordou que Trump tem "muita sorte na vida" e recordou como o milionário começou no negócio do imobiliário com um empréstimo de um milhão do pai. Trump, de gravata azul, respondeu que recebeu uma "pequena quantia", antes de voltar a falar no México.
Enquanto Trump insiste que Hillary não fez nada para resolver o problema do emprego e "faz isto há 30 anos", a ex-secretária de Estado recordou que para o rival republicano, as alterações climáticas "são um embuste criado pelos chineses". "Não é verdade. Não disse isso", afirmou Trump, mas um tweet na sua conta confirma que disse.
A ex-primeira dama, de fato vermelho, exigiu igualdade de salários para homens e mulheres. Mas recordou também que a América assistiu a seis anos de crescimento do emprego.
A ex-primeira dama chegou à universidade Hofstra acompanhada pelo marido, o ex-presidente Bill Clinton. Este já se encontra sentado na primeira fila, depois de ter cumprimentado a mulher de Donald Trump, Melania, e os filhos do candidato republicano. Ao lado de Bill está a filha, Chelsea. No Twitter, o ex-presidente desejou que os espectadores fiquem a conhecer hoje a mulher que ele conhece há 40 anos.
[twitter:780568830317850624]
O debate vai ser dividido em três grandes temas: O rumo da Améica, alcançar a prosperidade e garantir a segurança da América. As regras definem que a assistência não pode aplaudir, vaiar ou fazer qualquer barulho.
Ainda antes do início do debate, Hillary usou o Twitter para se dirigir aos apoiantes, publicando um vídeo do jantar dos Correspondentes da Casa Branca de 2011 no qual o presidente Barack Obama goza com Trump. A ex-primeira dama passou a tarde num hotel e spa vizinho da universidade, onde esteve a preparar o debate com a sua equipa, incluindo Bill Clinton.
[twitter:780540877047341057]
À chegada à Universidade de Hosfra, em Hempstead, Nova Iorque, onde decorre o primeiro debate entre Donald Trump e Hillary Clinton, o candidato republicano levantou o polegar para os jornalistas. O milionário Trump chegou sem gravata, segundo um vídeo da AP.
[twitter:780548826960629760]
No estúdio da CNN, o candidato a vice republicano, Mike Pence, admitiu não saber o que esperar de Trump esta noite. "Quem sabe? Vamos ver para onde isto vai", afirmou o governador do Indiana.
As últimas sondagens nacionais revelam um quase empate entre os dois candidatos à sucessão de Barack Obama. O último estudo da CNN com a média das sondagens dá Hillary apenas dois pontos à frente de Trump, com 44% das intenções de voto, face a 42% para o rival republicano.
O frente a frente, para as televisões, terá início às 2:00 (hora de Lisboa) e uma duração de 90 minutos.
Prevê-se que a emissão televisiva tenha uma audiência de cerca de 100 milhões de pessoas. Em Portugal, pode ser vista na SIC Notícias. E acompanhada aqui, no site do DN.
Os debates presidenciais pela televisão têm uma enorme tradição nos Estados Unidos, desde o primeiro frente a frente entre John F. Kennedy e Richard Nixon, a 26 de setembro de 1960. Muitos analistas políticos apontam este como o momento em que JFK - mais jovem, mais à vontade e com um fato escuro que o destacava no preto e branco do pequeno ecrã - conquistou a corrida à Casa Branca.
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