terça-feira, 26 de março de 2013

Cidadaos afirmam ter casa própria em luanda está entre o sonho e pesadelo para muitos


As razões de tal afirmação advém do facto dos cidadãos estarem sujeitos a passar por diferentes processos jurídicos legais para concessão de uma parcela de terra ou uma residência, através das administrações municipais, situação que os leva a considerar o processo como um pesadelo e sonho para muitos o propósito de ter uma casa em Angola.

 

Os interlocutores ouvidos pelo Factual afirmam que o processo de concessão de uma parcela de terra e residência em Luanda através das administrações municipais leva os requerentes a furtarem-se das suas responsabilidades familiares com os filhos, na medida em que têm de estar mais fora de casa do que próximo delas, a perder horas de trabalho em suas empresas, a passarem noites em residências alheias, e a madrugarem para conseguirem os primeiros lugares na lista de adestramento.
 

Benjamim Israel de 30 anos de idade residente em Luanda opinou que os planos habitacionais criados pelo executivo angolano para a beneficência da população, no caso os planos de auto construção, de construção dirigida, de cedência de uma residência ou parcela de terra através das administrações de Cacuaco, Viana, Belas estão viciados de irregularidades.

 
Benjamim que vive há 20 anos em residência arrendada contou que ter casa própria em Angola é tão difícil como conseguir um emprego, pois as exigências chegam a ser semelhantes, facto que leva os necessitados a enveredarem por processos ilícitos como o da corrupção e uso de meios menos apropriadas pela lei de concessão de terra para a requisição das mesmas.

 
“O Ministério do Urbanismo e Habitação através da aprovação do Orçamento geral do estado para este ano, pensou em apostar na continuidade dos programas habitacionais em curso em todo o país, e penso que não há motivos para que cidadãos carentes venham a dar meios financeiros além dos já estipulados pela Lei, isto é corrupção e desta forma o sonho da casa própria passa a ser um fiasco”, desabafou.

 
Marinela da Costa de 40 anos de idade disse por sua vez que a habitação social em Angola não deve se tornar um negócio de quem já tem alguma coisa na vida, mas de sim, ser uma prioridade de equilíbrio e estabelecimento dos mais necessitados, para que possam contribuir consciente, e pacificamente na reconstrução nacional para o bem-estar social.

Vale recordar que no passado mês o Ministério do Urbanismo e Habitação José Silva garantiu o apoio e um acompanhamento na execução das novas urbanizações, que apresentam programas de construção dirigida, que vai consumir 60 por cento da verba do OGE destinada ao sector habitacional.

“O Executivo está a incrementar a oferta, o que vai possibilitar que mais interessados acedam às habitações integradas nos diferentes projectos de construção. O OGE para 2013 prevê receitas e despesas avaliadas em 6.635.567.190.477,00 (seis triliões, seiscentos e trinta e cinco mil biliões, quinhentos e sessenta e sete milhões, cento e noventa mil e quatrocentos e setenta e sete kwanzas)”, concluiu.

Materiais de construção com preços altos
Os altos preços dos materiais de construção nos mercados de Luanda continuam altos, desde o ano de 2009 em que o sector imobiliário começou a atrair as atenções de investimento privado na área de construção, facto que afasta os cidadãos da corrida para a auto construção, pois terão de depender dos preços dos materiais de construção para a construção de suas residências.

O Factual percorreu alguns mercados e constatou o elevado preço do Cimento 50kg a 950 Kwanzas, Varões a 24 mil Kwanzas, Madeiras entre 13 a 10 mil Kwanzas dependendo da quanlidade e da quantidade a levar, Bugalhos a 35 mil Kwanzas por 3 milimetros quadrados, Areia e 20 mil Kwanzas por 3 milimetros quadrados e outros meios de construção. 
Segundo Samora Kitumba, técnico do Ministério da Economia fez saber que actualmente apenas dois por cento das 50 mil empresas angolanas identificadas são exportadoras e pertencem ao sector extractivo. A afirmação foi feita no Encontro Nacional de Balanço do Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento e Combate à Pobreza, que decorreu no município de Wako Kungo, província de Kwanza Sul.

 vale recordar as palavras do Vice presidente da Republica Manuel Vicente a quando do Forúm Nacional Sobre Empreendedorismo ao considerar que as dispesas de importação para os materiais de construção cifrou-se em 17 mil Milhões de Dólares, e recomendou a criação de mercados nacionais rentáveis para a integração de todos os jovens em mercados estruturais, facilitando assim as suas necessidades.

Depois de Luanda Bengo, Cabinda, Lunda Norte, Zaire, Malange, Kwando-Kubango, Namimbe, Benguela, Huíla e Lunda Sul são algumas das províncias que vão acolher novas centralidades habitacionais, proporcionando às suas populações o acesso condigno à habitação e a um conjunto de serviços e equipamentos que irão contribuir para uma melhoria significativa das suas condições socioeconómicas.

 

segunda-feira, 4 de março de 2013

Congoleses cometem maioria dos crimes em Cabinda


Cabinda - Os cidadãos do Congo Democrático lideram as estatísticas de criminalidade em Cabinda, ocupando a maior comunidade prisional em todas as unidades penitenciárias no enclave. Um destacado oficial da policia disse que cerca de 95% dos crimes graves cometidos em Cabinda são cometidos por congoleses.

Fonte: VOA

Segundo a polícia de Investigação Criminal a tendência é crescente em virtude da vulnerabilidade das fronteiras com os congos e de muitos se encontrarem numa situação migratória ilegal.

De acordo com o director da polícia de Investigação criminal em Cabinda superintendente-chefe, Oliveira da Silva, em cada 20 criminosos detidos por assaltos à mão armada, crimes de furto, violação sexual e roubos, 19 são da RDC e apenas um é angolano.

Esses indicadores são preocupantes pelo facto de muitos desses detidos serem marginais altamente perigosos e terem cumprido penas de prisão naquele país vizinho e acarretam custos ao estado angolano.

Oliveira da Silva referiu-se ao facto da esmagadora maioria da população prisional ser composta por congoleses o que acarreta enormes gastos ao estado angolano.

Os congoleses democráticos para além de dominarem a população prisional, segundo Oliveira da Silva, estão a introduzir práticas criminais que ontem eram atípicos em Cabinda. Adverte a existência de novos métodos de burla por defraudação e de falsificação de moeda estrangeira.

Oliveira da Silva pediu a colaboração da população no combate à imigração ilegal controlando a estadia de estrangeiros no pais e denunciando todo aquele que se achar no nosso território em situação migratória ilegal.

*Foto: comissário Eusébio Almeida e Costa


 

 

Eugénia Neto começa a ser julgada em Portugal


Lisboa - Começou em Lisboa o julgamento de Maria Eugénia Neto. A viúva do ex-presidente angolano Agostinho Neto é acusada de difamação, por chamar "desonesta e mentirosa" à coautora do livro "Purga em Angola", Dalila Mateus.

Fonte: DW

O Tribunal Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, é o palco do julgamento de Maria Eugénia Neto, acusada de difamação pelas declarações que esta fez numa entrevista concedida à revista "Única" e publicada no jornal português Expresso de 5 de janeiro de 2008.

A queixa-crime apresentada pela investigadora Dalila Cabrita Mateus contra a viúva do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, resulta das afirmações da arguida, que nessa entrevista qualificou a historiadora portuguesa de "desonesta e mentirosa".

Dalila Mateus, coautora do livro "Purga em Angola", publicado em 2007, sentiu-se seriamente ofendida depois de ler na referida entrevista a resposta de Eugénia Neto à questão colocada por dois jornalistas do Expresso a propósito das anunciadas 30 mil mortes resultantes do 27 de Maio.

Esta data tem a ver com os acontecimentos ocorridos em 1977 e nos anos seguintes à contestação interna liderada por Nito Alves contra o rumo que então seguia o Movimento Popular de Libertação de Angola, o MPLA.

Difamação?

À DW África, Miguel Faria de Bastos, advogado de defesa da arguida, explicou que, neste processo, o que está em causa é "saber se o comentário [de Maria Eugénia Neto] tem caráter difamatório." Ou seja, se efetivamente, não dignifica a autora do livro "Purga em Angola", referiu.

Será este o mote do julgamento que decorre até o dia 13 de março. Na primeira sessão desta quarta-feira (27.02.2013), dirigida pela juíza Ana Paula Figueiredo, foram ouvidos a lesada Dalila Mateus, bem como o jornalista José Pedro Castanheira, que conduziu a entrevista exclusiva com a colega Cândida Pinto.

No final da audiência, o advogado da queixosa, Sérgio Braz, preferiu não prestar declarações até que esteja concluído o julgamento. Numa reação prévia a um e-mail endereçado pela DW África, Dalila Mateus apenas manifestou confiança na justiça portuguesa e na independência do poder judicial.

Pesquisa intensiva

Entrevistada pela DW África em maio do ano passado, a propósito dos acontecimentos de 27 de maio de 1977, a investigadora explicou ter começado a fazer entrevistas a antigos presos políticos devido à sua tese de doutoramento.

Ouvi presos de Angola, de Moçambique, da Guiné que me contaram todas as torturas infligidas pela PIDE", a polícia política da ditadura portuguesa. "Depois, para o livro sobre o 27 de maio ouvi os presos angolanos narrar tudo aquilo que sofreram nas cadeias." Muita documentação que sustenta o trabalho da pesquisadora, as gravações e as transcrições de todas as entrevistas, está depositada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, acrescentou Dalila Mateus.

O livro "Purga em Angola" escrito em parceria com o marido Álvaro Mateus, que já vai na oitava edição, é resultado de uma aturada pesquisa para a sua tese de doutoramento. No tribunal, a historiadora sustentou que as declarações da viúva de Agostinho Neto põem em causa todo o seu trabalho de investigação.

O julgamento prossegue esta quinta e sexta-feira (28 e 29 de fevereiro) para audição de outras testemunhas arroladas pela queixosa, entre os quais o historiador Fernando Rosas. O ex-presidente da República Portuguesa, Ramalho Eanes, uma das testemunhas da defesa, deve prestar depoimento por escrito.
fonte:

 

 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Jornalista Bussulo Dolivro lança Online a Obra poética Laços de Emoções

 
 
 

Luanda – O jornalista e escritor Bussulo Dolivro vai, através das redes sociais, publicar nesta quarta-feira, em Luanda, a nova obra literária “Laços de emoções”, que retrata respostas e consequências da falta de experiências de alguns jovens.

“É uma obra literária composta de sentimentos reais, lida directamente de pessoas que testemunharam fases difíceis de solidão, angustia e desespero. E estas pessoas estão dispostas a esquecer o universo melancólico de amarguras que vivenciaram, através da partilha de novas histórias e vidas novas”, disse o autor.

“As pessoas estão cansadas de ver as suas vidas rotuladas de falsas expectativas, antes do seu relacionamento e durante a fase de namoro, situação que chega a retrair as perspectivas sociais e famílias das mesmas”, acrescentou em declarações à Angop.

O autor contou que as emoções retratadas na obra são respostas ou consequências da falta de experiências de alguns jovens, que concluíram levar uma de vingança e experiências fortemente negativas.

Explicou ainda que a obra é também uma espécie de enunciado, onde a composição poética aparece na primeira e terceira pessoa, entrelaçando a fala de quem quer desabafar, amar, viver ou ser ouvido.

“Cada poema representa uma alma, uma história, uma narração viva, onde em alguns laços o leitor acabará por sentir a emoção de viver a vida, uma vez num minuto”, realçou.

De acordo com a fonte, a edição da obra no formato E-book é dirigida aos internautas casados e adolescentes de países lusófonos, podendo ser baixada no site www.ebookangola.webnode.pt.

A mesma foi inspirada de cinco histórias reais, onde as pessoas lesadas, já não sentiam vontade de viver, porque perderam alguém que tanto amavam, e por falta de novas histórias em suas vidas.

Bussulo Dolivro, pseudónimo de Francisco Bussulo, escreve há 16 anos, o seu primeiro livro “Gritos e Penumbras” foi publicado pela Soletrar Editora em 2009, dentre os seus artigos lançados em Semanário estão O Sono Da Verdade (Crónica), Noites Canibais

(Conto), O Verbo (Poesia); Tragedia No Atlântico (Crónica), Miopia (Poesia); Sepultura Do Futuro (Crónica) e Rebanho (Poesia).