Os regressados
estão reassentados nas províncias do Uige, Huambo, Zaire e alguns familiares
optarem em residir na cidade de Luanda e Bengo, locais onde encontraram
inúmeras famílias e amigos de longa data, porém a falta emprego e escolas para
as crianças, afiguram-se como os principais desafios dos regressados.
Este cidadão que
há mais trinta anos residia na República Democrática do Congo, estavam reassentados
entre as tendas na região do Quicabo, naquela localidade receberam tratamento
de primeira necessidade, alimentação e cuidados médicos e segurança militar,
pois estavam entre as matas.
De acordo com a
Direcção provincial do Ministério da Reinserção Social Reinserção
Social no Bengo os regressados instalados nas regiões de origem, receberam bens
domésticos e de trabalho como camas, panelas, enxadas, catanas, e outros meios
para a subsistência social de suas famílias.
O reassentamento
obedeceu a um sistema de recolocação, dos municípios às comunas e destas para
as aldeias, dada a distância que os separam e a carência de agricultores que as
comunas e aldeias necessitam para o cultivo de terra a fim de recolherem alguns
víveres para a sustentação de suas famílias.
O Ministério da Assistência e Reinserção
Social do Bengo fez saber ao Factual, que aquela província a nível de Angola,
constitui o ponto máximo de reassentamento para a zona norte, entretanto, todos
os regressado passarão por esta localidade e desta serão distribuídos nas suas
localidades de origem.
A falta de qualificações profissionais dos
regressados é apontada pelo Ministério da Assistência e Reinserção Social naquela cidade como
dificuldade primária para a subsistência dos demais cidadãos, pois, muitos
regressados não conseguiram formar-se durante os últimos trinta anos de guerra.
Por este facto, algumas
famílias optaram pelo cultivo da terra, enquanto, outras escolheram o mercado
informal para o comércio de água, frutos silvestre e outros bens não
perecíveis. Estes diariamente acorrem ao mercado do Sassa para conseguirem
alguns bens de primeira necessidade.
Em contrapartida, estão também em causa mais
de 70 crianças em idade pré-escolar, estas estão sujeitas a não estudar durante
este ano, caso a Direcção provincial da educação cruze os braços em não criar
condições de integração escolar juntamente com a Direcção provincial de Assistência e Reinserção Social do Bengo.
Sobre esta necessidade educativa, a
Direcção provincial da educação pensa criar condições nas aldeias para campanhas
de alfabetização, e incentivo a agricultura, enquanto a Direcção provincial de Assistência e Reinserção Social pretende criar parcerias com empresários, a
fim de se criar pequenas empresas para incentivar o empreendedorismo nas
comunas de recepção dos regressados.
O Factual ouviu alguns dos reassentados. O
alívio de voltar a sua terra de origem é a principal satisfação, pois as
condições sociais e humanas pelas quais passaram não as trouxe experiências
agradáveis. Alguns perderam seus parentes, e tiveram de contrair diversas
doenças, fruto das exigências por escolhas filhos, marido estes afirmaram estar.
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