Cantatas De Um Mendigo
Onde nasci e cresci
Ostentam galardões em noites de Óscares secretos
Na qual carrego em meus tristes ombros a cruz
Amarelada de um ar seco
Renunciam a minha sobrevivência, por ser confundido
Em poeta e não pertencer ao clube diabólico
Da formalidade nocturna onde projectam-me
De olhos vendados
De madrugada partem gritos dormentes nas
Estrelas, as suprimidas varrem as ruas vendendo
O troco de uma herança desajustada,
As noites são tristes! Na companhia de ratos e
Guitarras de latas velhas que, fazem do serão o iniciar
De um gesto para uma nova canção
Ouvimos gritos sofridos de um perfume proibido
Nas ruas do meu cordão umbilical reencontro a
Desgraça antecipada e anunciada pelos deuses
A verdade histórica na sensatez de bem adornar os
Caprichos verbais de uma plateia-mosca
Uniformizadas para aplaudir a dor e a nudez
Desses animais
Damos lugar aos deuses e aos magos, estas ruas são nossas
Damos lugar a quem nos aborrece, esta terra é de todos
E também daqueles que nos esquecem,
Onde nascemos e morremos!
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