O
director nacional da Administração Local do Ministério da Administração do
Território (MAT), Belisário dos Santos, disse hoje, em Luanda, que o combate à
pobreza que atinge alguma parcela da população depende do processo de
descentralização efectiva, concebidos no quadro de uma organização inovadora e
moderna do Estado.
“Só através de processos de regionalização/descentralização efectivos, concebidos no quadro de uma organização inovadora e moderna do Estado, se poderá avançar progressivamente para a correcção de assimetrias e desigualdades regionais e locais e a mitigação das injustiças que historicamente têm penalizado o interior e as regiões desfavorecidas e carenciadas do país”, disse.
Administrar o território numa lógica de desenvolvimento sustentável impõe que a Administração reflicta e oriente sua acção naquele que é um dos grandes imbróglios da actualidade angolana: produção e tratamento do lixo - disse.
Para si, se se quiser um ambiente saudável e em plena harmonia com a natureza é necessário que, primeiro a estratégia de gestão das vilas e cidades não se descuide da necessária atenção com o cuidado e o tratamento dos resíduos sólidos, e que a recolha selectiva do lixo e a necessidade de sua reciclagem sejam um facto, propiciando oportunidades alternativas de trabalho e de renda.
O responsável fez esta afirmação quando apresentava o tema “A liderança na
governação no contexto dos desafios actuais” na conferência sobre o
desenvolvimento sustentável “Angola Pós 2015”, que decorre no campus da UAN,
numa organização do Ministério do Ambiente e do Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD).
De acordo com o responsável, que representou o ministro do MAT, Bornito de
Sousa, muitas das sociedades actuais são caracterizadas por forma de
administração e gestão fortemente centralizadas, resultando daí modelos de
exercício do poder, cada vez mais afastados das realidades, das pessoas e dos
seus interesses e aspirações.
Na sociedade angolana, acrescentou, onde ainda pontifica um poder
governamental de decisão mais ao nível central, também se colocam questões
similares sobre as quais é importante reflectir.
“Só através de processos de regionalização/descentralização efectivos, concebidos no quadro de uma organização inovadora e moderna do Estado, se poderá avançar progressivamente para a correcção de assimetrias e desigualdades regionais e locais e a mitigação das injustiças que historicamente têm penalizado o interior e as regiões desfavorecidas e carenciadas do país”, disse.
Para si, este pressuposto deve estimular a participação das populações na
resolução dos problemas locais, regionais e nacionais, assim como tornar mais
racional e equilibrada a ocupação do território e colocar travão à destruição
acelerada de zonas verdes, dos recursos naturais e à irracionalidade
urbanística.
Pobreza em Angola |
Neste contexto, a abordagem territorial orientada para uma perspectiva de
desenvolvimento sustentável exige, entre outros requisitos, a compreensão do
quadro institucional em torno da qual se organizam as interacções sociais
localizadas.
Pensar a gestão do território, disse, do ponto de vista do desenvolvimento
sustentável, implica perceber o território como palco central das dinâmicas de
desenvolvimento, ou seja, uma unidade que dispõe de recursos activos
específicos (materiais e imateriais) e não transferíveis de uma região para
outra, relacionados com cada história local, e que os utilizam num determinado
modelo de organização produtiva, em que interagem sistemas económicos, sociais
e ambientais.
De acordo com o prelector, a política governamental que orienta a construção
e a estruturação de novas centralidades deve articular-se para a criação de
amplos espaços e zonas verdes que, no interior das cidades, em quantidades e
dimensões a estimar em função dos empreendimentos económicos e da densidade
populacional, funcionarão como verdadeiras estufas a dar maior qualidade de vida
e a mitigar os efeitos da poluição de vária ordem que assola a
cidade.
Territórios com intensas áreas verdes, acrescentou, arborizadas e
construídas com ciclo-vias, quadras polidesportivas, cursos de água e pequenas
cachoeiras, bem como a criação de reservas biológicas ou pequenos parques de
conservação ambiental, seja no interior das cidades e das vilas, seja em torno
destas, permite-nos visualizar um ambiente de estabilidade entre os iversos
ecossistemas nas vilas e cidades,o que são hoje uma tarefa
inafastável para os gestores públicos.
Administrar o território numa lógica de desenvolvimento sustentável impõe que a Administração reflicta e oriente sua acção naquele que é um dos grandes imbróglios da actualidade angolana: produção e tratamento do lixo - disse.
Para si, se se quiser um ambiente saudável e em plena harmonia com a natureza é necessário que, primeiro a estratégia de gestão das vilas e cidades não se descuide da necessária atenção com o cuidado e o tratamento dos resíduos sólidos, e que a recolha selectiva do lixo e a necessidade de sua reciclagem sejam um facto, propiciando oportunidades alternativas de trabalho e de renda.
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