O VENENO DAS GERAÇÕES (1942 WASHINGTON)
Chamam-me drink
Embriago cadeiras e desvirtuo senhoras,
Sou concorrido quando comando os meus adeptos,
Uns me conhecem, outros ignoram-me por nunca
Os ter beijados;
Atrofio corações e estrago os lares prematuros
Brilho em cada esquina, onde faço dupla com a
Vontade da carne!
Sou a máscara dos tribunais, luto contra a
Honestidade dos homens para com deus!
Mostro a continuação do verdadeiro mundo
Activando os pelos que proibiram no jardim
Ofusco a personalidade de ninguém,
Irrito a sua garganta, quando escorrego como
Alcatrão nos seus pulmões, diminuo a sua visão,
A capacidade de pensar e dou-te a tuberculose
Antes da missa!!!
Sou lendário!
Cosmopolita, por isso os títulos vão de maconha
Crack á cocaína; o meu cadastro é original para
Cada povo!
Sou a alegria dos manifestantes, o rosto dos grevistas
Estou no currículo de celebridades,
Sou o tétano do subúrbio, o desespero de uma nação.
Estou onde há mulheres e diabo (…)
NINGUÉM FECHA A PORTA
(1945 ABRIL)
Na sombra desta estação
Termina a sessão ambígua ,à voz da multidão
Algemada no ritmo da tragédia!!!
Cai a sentença dos mártires, é lido o paragrafo 75 na fé do
Poder, de uma realidade ingénua,
Logo, abrem-se as chamas!!!
Chegou a palavra na terra…
O mel de muitos scapegosts, o doce espanto entrelaçado
A esta praça de terror, desumana, imediata e vergonhosa;
Neste vaivém onde poucos se procuram na dor destas chamas
Ó sombra incandescente, liberta-me desta pestilência
Liberte os diabos da minha libertinagem, e queima a ilusão
da cadeira,
Dos pensamentos estranhos aos sorrisos de cada protocolo
Também sei que é a ponte do meu vazio
Espero não ser o fim deste drama, quero continuar como
Actor nesta perseguição… onde ninguém está condenado a
Sair
Fechem a porta (…) por favor
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