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CAPÍTULO
1
A chuva caia sem cesar na cidade
e arredores, na periferia alagavam os becos, e os casebres de pobres, que do
sul de Angola não paravam de emigrar à capital, enquanto, que no centro da
cidade, os esgotos arrebentavam em cada trovoada, que se fazia entre os céus
negros. No mesmo instante um grupo de crianças esbarravam-se num bate-chapa
como se de uma cobra venenosa fugissem, a respiração já asmática do grupo de
raparigas inspirava um silêncio para quem próximo passasse.
– Psiuuu, não falem, calem a
boca! – Disse uma delas, que separecia ser a mais velhas do grupo, quando ouviu
passos controlados de alguém lá fora. Com o olhar tenebroso sobre o teto
improvisado, as meninas mantiveram-se quietas, mas as trovoadas e a
impertinencia da chuva deixava-as mais preocupadas.