terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Não Quero Iludir Ninguém…

Não Quero Iludir Ninguém…

(C.D 1519)





Não quero iludir ninguém

Simplesmente dizer o que vi e ouvi,

Não quero ser testemunha em chafurdas dos

Denegridos nem tão-pouco dos desaparecidos

Quero continuar no rodapé desta lenda

Na sineta indolente do suor, e no meio desta corda



Muitos buscam os ícones da rebeldia

Eu me envergonho com os mesmos dizeres que atraem

Cabeludos a peregrinarem nestas ruas…



Para mim ainda que me queixe de fome,

Não tenho razões para mastigar a borracha colorida

De um P, perdi os órgãos sensoriais e o sentido H,



Ainda que me queixe de escola… não vejo o quadro

Nem conheço a textura facial da minha última filha!

E não sei se é minha ou é sua!



Nesta sala falam para mi ou comigo?

Cortam-me os braços… já não quero pintar!

Deixem-me em paz… esqueçam-me por que sei que

Vós se envergonhais de mim!



A terra é vossa, ó deuses do meu aqui!

Seres de corações acrobáticos/vendedores de noites,

Estou desarticulado… até já ando lado a lado,



Não quero iludir ninguém… quero ressuscitar

Não quero iludir ninguém… enterrem o regime

Do meu código angustiado

A Pedra

A Pedra



Nestas portas de entrada sem cobertura e tão escura,
Entram camaleões e lições tão impuras, entregam aos
Desfavorecidos a oportunidade de olhar o sol a nascer
Mas a morrer sem nos ter aquecido as canelas (…)

A chave é dos que cruzam a mentira,
Se tem código a escola é selectiva, onde a cozinha
Não escreve o que o WC pode ler, nem o quarto lê o que
A sala sublinha!!!
Aqui a cama é inerte como candeeiro, onde os pedreiros
Alcançam e erguem a noção vaga de beijar um letreiro;

Nestas portas de entrada
Saem filhos que a vida não viu a nascer; morrem cegos
Que o mundo silenciou,
Nesta porta de saída ficam estagnados, pacientes
de ira e ferrados de sida

Todo o mundo vê o que o não podem ler!
O mundo grita o silencioso rasgado na pedra,

Festejam os contados do mar desta historia,
Este sal é de todos e também daquela vitória
Que as ondas trouxeram a margem desta aurora!
Este corredor é também o resto de Áfrika (…)

Nestas portas de entrada emigram ideias paridas
Em noites de plenilúnio, arquitectando imagens
Cidades, e alimentando o subúrbios de raiva,
Onde contam o devaneio no senso do conformismo

Nas margens destas páginas enfrento estas rochas
Que um dia… a historia guardará para nós um rodapé!!!

A Longa-Metragem

A Longa-Metragem





Deixai-me em paz enquanto posso andar

Se não roubei por que me chamam abrindo

Processos estranhos contra mim, e para o meu carácter

Absurdo, fruto do desespero e do fanatismo;



Não me olhem passem e não comentem,

Sou o adjectivo para as gramáticas do conformismo, e

Desse imediatismo uniforme que ultrapassa a memória

E as impressões do quotidiano!

Sou a fronteira para quem quer emigrar

O caminho para quem pretende chegar

Eu aqui não chego nem espero, atormentado pela

Malária do copo e outros deuses…



Deixai-me em paz enquanto posso andar,

Senão conheces o meu estômago para que as promessas?

Nasci em Catemo, cresci em Lândana passei no sul,

A oeste deste refúgio encontrei os meus restos Mortais

Submissos á esta métrica híbrida…

Socorro… Sou a fronteira para quem quer chegar;

O caminho para quem pretende partir,

Eu aqui não chego nem espero, então deixem em paz

Enquanto posso voar!



Já consigo encarnar-me em rico

Em qualquer lado onde farejo, só as moscas me

Convidam a Reunir -quem sou? Sou, o

Réu ávido advogando os diabos

Nessa ansiedades!



Sou santos, ao mesmo tempo profano,

Henoteista de coração e estúpido na fé …

Canto o Semba e danço o Kuduro,

Conheço o Carnaval e não aceito a fantasia

A Timidez De Uma Voz Obcecada

A Timidez De Uma Voz Obcecada





Quero te chamar sonho para poder

Alimentar todos os dias a sua alma nesta

Amizade onde quem tem um amigo tem mais

Do que algo a mais! Mas a minha voz é tão pequena



Quero te chamar bondade para não desviar os teus

Olhos de quem te pede uma ajuda, mas a minha

Esperança é tão pouca para fazer você acreditar



Quero te chamar silencio!

Para reflectirmos o futuro de mãos dadas

Alimentando o seu corpo e dando prazer ao seu

Espírito, mas a minha visão é tão curta que não

Alcanço o além (…)



Gostaria de um dia te chamar Amor, mesmo não

Acreditando na sua existência, para te sentires

Amada e ajudar-te a tocar às estrelas

Navegando no Silêncio mais próximo desta ansiedade (…)

O Diálogo

O Diálogo







Descalço as minhas palavras nestas aranhas

Jogo fora a minha língua nesta subúrbio e o meu coração

Nesta rústica cidade,

Deixo de blasfemar e de sentir a adrenalina após o fedor

Do veneno que vem do pátio; o fogo ansioso em atropelar

A minha triste tradição…



Esqueço os minutos que me vendi pelos prazeres da velocidade,

Para recordar que ainda sinto saudades de voltar ao céu,

Encontrar o meu esqueleto no purgatório, e a minha sombra

Entre os artigos da compaixão, testemunhando o desprezo

Invencível dos meus detractores;



Descalço as minhas fétidas palavras neste lugar do meu

Deprimido ser, o estado lento desta harmonia deturpada e

Instável; onde os crimes incitam a criação dos deuses da

Tribuna e demónios jurídicos que não permitem levantar a

Minha infelicidade para mostrar o caminho da insólita

Depressão eterna!!!

Absolutisam as luzes; oferecendo aos fiéis os farrapos

E outras substancias nas taças desta conversa…



Este é o diálogo suspenso da minha persistência,

A desumanidade tranquila desta existência!...



Esta é a paragem obrigatória dos filhos das circunstancias,

Onde chegam e são atravessados, onde decidem e são

Interpelados;















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Desenvolvimento sustentável pressupõe novo modelo de vida - diz ambientalista


 O secretário-geral da Rede Maiombe, Rafael Neto, explicou hoje (sexta-feira), em Luanda, que os objectivos de desenvolvimento sustentável prevêem um novo modelo de vida e agregam a dimensão económica, social e ambiental.



O ambientalista fez este pronunciamento durante a sua intervenção na abertura da conferência sobre “Desenvolvimento Sustentável–Angola Pós-2015, que decorre no anfiteatro da Cidade Universitária da Universidade Agostinho Neto.


De acordo com Rafael Neto, o desenvolvimento sustentável engloba a erradicação da pobreza, garante a segurança alimentar, saúde, educação, igualdade de género e promove a agricultura sustentável.


“Os objectivos de desenvolvimento sustentável são o cerne de um processo maior de negociação, a chamada “Agenda Pós 2015”, e que inclui o debate de como financiar o desenvolvimento mundial no futuro", referiu o responsável.


Na sua óptica, há de facto a percepção entre os países ricos de que o dinheiro público não é suficiente para o tamanho dessa Agenda, incluindo, desde já, outros parceiros como as economias emergentes e o sector privado.


Segundo disse, cerca de 189 Estados membros das Nações Unidas, reunidos em Setembro de 2000, comprometeram-se até 2015 alcançar oito (8) objectivos plenos e específicos do Desenvolvimento do Milénio.

Embora progressos notáveis vêm sendo registados em alguns países, a maioria dos países em desenvolvimento ainda não estão no bom caminho para atingir os objectivos desejados até 2015.

Fez saber que as Associações de Defesa do Ambiente têm trabalhado arduamente para o cumprimento escrupuloso desses objectivos com ênfase ao garante da Sustentabilidade Ambiental, responsável pela preservação e conservação dos recursos n