quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Aos profissionais do censo falta de sigilo dá em cadeia






Para a segurança de milhares de famílias angolanas durante a fase de recenseamento da população, e habitação os profissionais envolvidos na execução do censo estão obrigados por lei ao dever de sigilo profissional, caso contrário serão condenados a um processo civil e criminal, segundo a Coordenação Técnica do Gabinete Central do Censo.

Esta medida jurídica visa facilitar a cedência das informações, das populações aos agentes do censo, nas vilas, aldeias ou condóminos sem preocupação ou desconfiança de desvio de dados à terceiros, como supunham os familiares abrangidos pela fase piloto do projecto de recenseamento da população e habitação realizado no primeiro semestre do corrente ano.

César Ulika estudante de Direito na Universidade Agostinho Neto disse, que esta medida jurídica é imprescindível para todos os cidadãos, que outrora resistiram à cedência de dados, e que dificultou o balanço para a divulgação dos resultados da fase piloto, e pensa que a divulgação da lei, a população vai aderir para o cesso deste projecto nacional.     

O Gabinete Central do censo preocupado com a situação, saiu a público para esclarecer aos demais, sob a segurança e garantia pela lei os dados pessoais a serem fornecidos aos agentes do censo, adiantando, que nenhum profissional do em serviço estará autorizado a privar ou divulgar a terceiros os dados a serem recolhidos.

Paulo Fonseca Coordenador Técnico do Gabinete Central do Censo sustentou que a recolha de dados decorrerá em simultâneo em todo o território nacional, através de um questionário, tais dados destinar-se-ão apenas a fins estatísticos, sendo confidenciais e sujeitos ao segredo estatístico, plasmada na Lei 3/11 de 14 de Janeiro de 2011.

Aquele responsável que falava durante a conferencia de imprensa no centro de Imprensa Aníbal de Melo fez saber que o censo será uma contagem exaustiva, sem a repetição da população, quer a população presente, pessoas que se encontram numa habitação durante o período da recolha de informações, quer a populaça residente ou ausente numa determinada habitação.

Uma nota do Ministério do Planeamento e Desenvolvimento Territorial dá a conhecer que o censo proporciona um quadro de informações pormenorizado, que permite caracterizar todas as pessoas e habitações existentes em Angola, a informação disponibilizada definirá as políticas a serem implementadas quer a nível regional, local e nacional para o planeamento de infra-estruturas e serviços essenciais à população.

Recordemos-lhes que o coordenador para área de formação, Salvador Ferreira disse que a realização do Censo Geral de Angola em 2014 vai exigir noventa mil pessoas para o processo de recolha de dados relativos tanto à população como à habitação.
Aquele responsável reiterou, que a primeira fase do Censo Piloto permitiu detectar alguns constrangimentos na carência de quadros para a formação, já que o nível académico exigido foi o superior para formadores e técnico médio para agente de recenseamento e trabalho de campo.
Com a realização do Censo, será possível saber exactamente a estrutura da população angolana e respectiva força de trabalho, a sua distribuição geográfica e as áreas prioritária para a realização de investimentos.


A recolha de informações começa a partir do dia 16 de Maio do ano 2014, e ajudará o governo a identificar os locais para investimento em Habitação, energia e saneamento básico, identificar locais para construção de mercadorias, áreas de investimento em saúde, educação, conceber programas de assistência e apoio à infância e terceira idade, planear políticas públicas de transporte e outras medidas para a população.
Antes de 1975 a última contagem foi em 1940 e o resultado foi de pouco mais de 3,7 milhões de pessoas.

Em Angola, o primeiro recenseamento geral da população teve lugar em 1940 e até 1970 realizou-se um censo em cada período de dez anos. Na década de 80 tentou-se o primeiro e único recenseamento geral da população de Angola independente e o quinto de toda a sua história. O Recenseamento de 1983/85 limitou-se a uma cobertura parcial do país, correspondente a cerca de 50% da população esperada. A nível da nossa sub-região (SADC), Angola é o único pai que não realiza recenseamento da população há 30 anos.



    

    

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